Presidente do PDT suspeita que apoio eleitoral de Artuzi a Puccinelli seja “apenas jogo”
Alessandra de Souza |
“Primeiro vou falar com ele e ver se tem alguma justificativa para tal decisão. Eu acho que ele pode estar fazendo o que muitos prefeitos estão fazendo para não criar complicações com o governo. Se não o André não dá nada para a cidade. Tem muito prefeito que declarou apoio ao governador, mas não está pedindo votos para ele”, afirma o deputado federal que concorre ao Senado na chapa de Zeca do PT.
O prefeito de Dourados não só declarou apoio a Puccinelli e candidatos da coligação do governador como mandou “gravar e filmar” para que não houvesse dúvida sobre sua escolha para as eleições deste ano.
Artuzi disse que vota em Ary Rigo (PSDB) para deputado estadual, Waldemir Moka (PMDB) para Senador e André Puccinelli (PMDB) para o Governo do Estado, todos da coligação "Amor, Trabalho e Fé" encabeçada pelo atual governador.
O prefeito não revelou para que deputado federal vai seu voto e muitos menos quem vai ser seu segundo candidato a senador mesmo estando ao lado do vice-governador Murilo Zauith (DEM) no evento que disputa o cargo na chapa de Puccinelli.
Depois da declaração de voto, Artuzi percorreu as principais ruas do município ao lado de Puccinelli que passou o sábado fazendo campanha na cidade.
Dagoberto cita que Puccinelli não fez um governo municipalista e por isso vive dificuldades para angariar apoio de prefeitos do interior do Estado. “Ele não ajudou os prefeitos, mas muitos falam que estão com ele se não as portas fecham de vez”, diz o deputado federal.
Se quiser o PDT tem mecanismos para punir filiados infieis que podem chegar a expulsão da legenda, mas o presidente regional do partido mantém a posição de não antecipar possíveis penalidades ao prefeito de Dourados. “Antes eu quero ouvi-lo”, disse.